A maior parte dos conflitos humanos possuem uma questão em comum, essa questão a falta de comunicação.
O ser humano não se coloca pronto para ouvir, geralmente observam-se pessoas que se calam enquanto a outra fala, mas não escutam. Não existem trocas dialéticas.
Recentemente, durante o período de maior isolamento da pandemia de Covid-19, atendi muitos casos de conflitos familiares e conjugais.
Em todos os casos que chegaram até mim, eram histórias em que a falta de diálogo era muito presente, a regra sempre é a opinião inflexível e a visão irracional da vida.
Uma pessoa quando se conhece, aprende a se aceitar e doa o melhor de si para o mundo, pois pode haver ali uma maneira muito particular de se colocar no lugar do outro e imaginar como é o sofrimento alheio.
Esses relacionamentos unilaterais podem tomar proporções macro políticas, observamos hoje a dissolução de um mundo globalizado e o nascimento de um mundo multi-polarizado e autoritário, em que um indivíduo/nação se sobrepõe ao outro, sem a mínima preocupação com as consequências.
Pode haver melhor caminho, mas neste momento desconheço algo que elimine a necessidade da autocrítica e empatia.
Autor: Samir Dias
Samir A. S. Dias
Psicólogo pela Faculdade Sul Fluminense, de Volta Redonda – RJ. Homem preto, apaixonado pela abordagem cognitivo comportamental, leitor assíduo de Skinner e Bauman. Acredito que a mudança de comportamento (individual e social), pode proporcionar condições diferentes para o ser humano se desenvolver.