O Diálogo como “Ferramenta Terapêutica”
Quando chega uma nova pessoa no meu consultório, sempre tento compreender como ela dialoga com seus pares.
É sempre muito comum não haver bons diálogos, ou até mesmo nenhum.
Diálogo está ligado à troca, compartilhamento mútuo. Será que temos boas trocas em nossas relações?
O que sempre observo, não são relações de troca, mas sim relações de poder nos mais variados ambientes, em que sempre há um interlocutor que possui o controle ou deseja controlar a relação.
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Dessa forma, quando a relação não é recíproca, sempre há a angústia, o receio, medo de falar o que sente, medo de ser quem você é.
Sempre vai haver, ali nessa relação, alguém que de forma direta ou indireta, possui um controle aversivo sobre outrem.
Sempre oriento a praticar essa troca.
Quando tenho a oportunidade, explico também para a família.
No início parece difícil, e me perguntam por onde começar. Eu sempre digo:
‘apenas escute enquanto outro indivíduo estiver falando, não interrompa e não invalide a fala de ninguém’.
A maior parte dos conflitos familiares se dão por má comunicação e falta de empatia.
Você tem responsabilidade nesse processo de melhoria!
Autoria: Samir Dias
O uso frequente de redes sociais e aplicativos de mensagens, tem influenciado muito no empobrecimento da comunicação.
As pessoas se comunicam por textos abreviados, emojis, figurinhas, sempre visando a objetividade.
Existe até uma “regra” que todos adotam, nunca enviar áudio maior que 1 minuto, porque não há tempo e nem mesmo paciência para escutar.
E claro, sempre que der, acelere o áudio ou o vídeo, pois assim se ganha tempo.
Estamos empobrecendo nossas relações, correndo contra o tempo, para “sobrar tempo” e quando sobra tempo há a angústia, pois não se sabe ficar sem nada para fazer.
Não se sabe mais olhar nos olhos de alguém e perguntar, verdadeiramente, se está tudo bem.
Ainda é tempo de mudar !
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